HOMENAGEM/FUTEBOL NACIONAL/FUTEBOL INTERNACIONAL/SELEÇÃO
Conversando esses dias com o Rodney Brocanelli, companheiro Expressionista e autor do RadioAmantes e grande amigo, falamos da dificuldade de se homenagear o Pelé. Todas as homenagens possíveis já foram feitas!
Todos os jornalistas estão nesta corrida nos últimos dias. Alguns escreveram textos com depoimentos pessoais, outros, como o Rodney, fizeram podcasts de imagem e som, com gravações históricas do Rei. O Santos, clube que ele amou e defendeu por mais de 1000 jogos, colocará Neymar para jogar com a camisa 70 no final de Semana, na rodada que a CBF nomeou de “Rodada Rei Pelé!”
Agora como eu poderia homenagear um homem (será que era realmente um ser humano?) que faz 1284 gols na carreira? Que foi eleito pela FIFA como o Atleta do Século XX, que foi o mais jovem jogador a vencer uma Copa do Mundo, que é o maior artilheiro da história da seleção brasileira, que é o maior artilheiro de uma só temporada, (com 127 gols em 1959), maior artilheiro de 1 só campeonato paulista com 58 gols na temporada de 1958, que mais vezes foi artilheiro do Paulista com 11 “chuteiras de ouro”, que tem uma média de quase 1 gol por jogo na carreira, o homem que parou uma guerra pelo seu futebol, sem me tornar repetitivo? Para homenagear um mito não existem palavras suficientes!
Além disso, qualquer homenagem que se pode fazer para ele nesta data do seu 70º aniversário já seria fadada a ser mais uma entre milhões!
Por isso resolvi abordar um outro lado de Pelé e fazer minha homenagem baseada em um momento pouco comum do Rei, seu lado de ator no filme “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”.
Neste filme, (um entre tantos outros, mas talvez, ao lado de “Fuga para Vitória” onde atua com Sylvestre Stallone, o mais famoso que participou) Didi (Renato Aragão) faz o papel de Cardeal, roupeiro do Independência Futebol Clube. Uma briga entre dois dirigentes pelo poder no Clube leva o humilde roupeiro ao cargo de técnico. Com a ajuda de seus amigos (os outros três Trapalhões, Elvis, vivido pelo Dedé Santana, Tremoço, vivido por Zacarias e Fume vivido pelo lendário Mussum) o time fadado a desgraça passa a jogar bem e disputar o título, causando raiva nos dirigentes, que tentariam impedir seu sucesso. O filme tem cenas antológicas como o momento que Cardeal entra em campo, cobra o escanteio e corre pra área para cabecear para o gol.
Pelé faz o papel de Nascimento. Um humilde jornalista que é apaixonado pelo time do Independência e é grande amigo de Cardeal. Conforme a história se desenrola a amizade entre o dois cresce, levando ao ponto que Nascimento substitui o goleiro do time, se passando por um jogador que era muito semelhante a ele. A partir deste momento, Cardeal rouba a cena. Faz um gol contra deixando o placar 4x0 para o adversário, faz 4 gols e empata o jogo. Aí entra em cena Nascimento, o goleiro. Baseado numa história de sua carreira, quando Pelé foi obrigado a ir pro gol, ele defende um pênalti. E por fim, na cobrança do tiro de meta, faz um gol da sua própria área, decretando a vitória e o título do Independência.
Esse filme, de 1986, traz um Pelé ainda relativamente jovem e em forma, mostrando um lado diferente do Rei, seu lado artístico, que viria aflorar em outros filmes, comerciais e até no mundo da Música (do meu tempo lembro muito do “ABC...ABC...toda criança tem que ler e escrever!”). Esse filme é o responsável pelo famoso bordão do personagem Chaves “Era melhor ter ido ver o filme do Pelé!”, uma vez que o astro mexicano foi convidado para atuar no filme, mas por motivos desconhecidos recusou, mas por ser fã de Pelé, isso lhe causou frustração.
Quanto ao seu futebol, nada que se fala resumirá o que realmente foi Pelé! Ronaldo, Romário, Zico, Zidane, Maradona, Cantona, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Cristiano Ronaldo, Messi, Rivaldo, entre tantos outros são nobres representantes da corte, mas nunca chegarão ao pé do Rei Pelé!
Por sinal, por causa dele Zidane, Maradona, Zico, Rivaldo, Romário (no Barça) e Ronaldinho ganharam a camisa 10, pois com Pelé essa camisa virou sinônimo de CRAQUE! Até sobre isso é uma curiosidade: Pelé não escolheu a 10 e nem a recebeu das mãos de nenhum técnico. O destino levou Pelé a usar a camisa 10. Na Copa de 58, por uma confusão da CBD, a numeração dos jogadores não foi enviada, cabendo a organização do Mundial escolher a numeração, que fez por ordem totalmente aleatória, fazendo com que Pelé, então um desconhecido garoto, fosse sua dona, para nunca mais deixar de usar o número!
E claro, como não pode deixar de ser, parabenizo também o Edson Arantes do Nascimento, uma vez que o Rei sempre deixou claro que existem duas pessoas diferentes, o Edson e o Pelé! Para mim isso é justo, pois todo SUPER-HERÓI QUE SE PREZE tem um alter-ego. Batman tem o Bruce Wayne, Superman tem o Clark Kent, o Homem de Ferro tem o Tony Stark e o Pelé tem o Edson.
E claro, como não pode deixar de ser, parabenizo também o Edson Arantes do Nascimento, uma vez que o Rei sempre deixou claro que existem duas pessoas diferentes, o Edson e o Pelé! Para mim isso é justo, pois todo SUPER-HERÓI QUE SE PREZE tem um alter-ego. Batman tem o Bruce Wayne, Superman tem o Clark Kent, o Homem de Ferro tem o Tony Stark e o Pelé tem o Edson.
Por isso, a única coisa que posso realmente dizer para Pelé, que talvez ainda não tenha sido dito, PARABÉNS PELÉ, REI DO FUTEBOL, 70 VEZES PARABÉNS!
Abaixo o vídeo homenagem que o Rodney Brocanelli (@rbrocanelli) fez para o Blog RadioAmantes
Excelente homenagem!!! Diferente de todas que estão rolando por aí. Guto, vc pode não ser um jornalista, mas escreve melhor que muitos por aí!
ResponderExcluirTexto fantástico.......sem puxar a sardinha prá minha brasa.....risos.......beijossssssssssss
ResponderExcluirBem escrito o texto, Guto!
ResponderExcluirParabéns Pelé! :D
ótimo texto!
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