
Domingo, 3 de outubro de 2010, dia da festa da Democracia brasileira. Nas horas finais do pleito, um candidato já estava eleito.
Trata-se de Paulo César Carpegiani, que em voto único de Juvenal Juvêncio, foi eleito o novo técnico do São Paulo.
A notícia já rolava como boato durante a semana. Depois da derrota para o Grêmio, Juvenal declarou que procurava um técnico, pois não estava contente com o trabalho de Sérgio Baresi, o seu técnico barato. No dia seguinte o técnico, ainda no Atlético Paranaense, declarou ter sido procurado por um clube paulista e que havia recusado a proposta. A imprensa cravou. É o São Paulo que tentava roubar o técnico. Depois do empate com o havia no sábado a insatisfação da diretoria se manteve. E a ascensão do Atlético Paranaense se mantinha após um empate heróico contra o Cruzeiro, aspirante ao título, em Sete Lagoas.
Domingo primeiro o Atlético soltou uma nota dizendo que Paulo César Carpegiani seria o novo técnico do São Paulo, tendo sido antiético, pois não procurou o clube e foi direto ao técnico (o que é uma briga antiga entre São Paulo e Atlético, que alega que o São Paulo rouba profissionais do clube há muito tempo, desde Warley, em 1999), mas que liberava Carpegiani sem mágoas do técnico e agradecendo por salvar o clube. Logo depois o filho do técnico e o técnico confirmaram, dizendo inclusive que ele dirigiria o time já contra o Vitória, na quarta. Leco e Marco Aurélio Cunha diziam não saber do assunto, mas que o nome agradava. Horas depois Juvenal anunciou SUA escolha.
O técnico não é unanimidade em toda diretoria e principalmente na torcida. Eles usam de parâmetro que seu último grande trabalho foi em 98, frente à seleção paraguaia. Logo após esse trabalho ele assumiu o próprio São Paulo, em 1999, e não teve grande sucesso, não obtendo títulos e com aproveitamento baixo, teve uma confusão com o goleiro Roger, afastando o arqueiro reserva por este ter posado nu, e no brasileiro fez uma campanha relativamente boa, fazendo bons jogos (dando ao time o apelido de “A incrível máquina do Mestre Carpa!”), mas o fato do time perder o brasileiro para o Corinthians na semifinal, em apenas dois jogos (naquela época, podia-se decidir o campeonato em três jogos) no jogo em que Raí perdeu dois pênaltis diante de Dida, fazendo com que o técnico caísse em desgraça junto à torcida. Dizem ainda que o técnico abandonou o barco para dirigir o Flamengo em 2000.
Depois disso ele realmente não teve trabalhos muito expressivos, sendo de destaque apenas a boa campanha do Vitória ano passado e o Atlético esse ano e nada que o credencie para assumir o momento delicado que o tricolor, mas por seu currículo passado pode “salvar” o São Paulo neste momento. Deve-se dar tempo ao tempo antes de tirar conclusões.
E mais uma vez, o Juvenal mostrou-se centralizador no Morumbi, não ouviu a opinião de ninguém, nem de seus homens de confiança, ao escolher o técnico e passou por cima do Atlético para contratar o profissional. Cada vez mais vejo com dificuldade a situação manter-se no comando do time do Morumbi.
Agora a torcida espera por uma melhora e que o time volte ao topo. O Mestre Carpa deu o recado “Ainda dá para buscar Libertadores!”. Que assim seja...para Rogério que acostumado ir a Maracaibo (Libertadores) não acaba indo para o Macapá (Copa do Brasil), ou pior para o clube, que o time se torne pequeno, afinal, time grande não cai, não é João Paulo? E que o time volte a ser a Incrível Máquina do Mestre Carpa.
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